O jornal americano “The New York Times“ publicou recentemente um artigo com o título: Por que os adolescentes americanos estão sofrendo cada vez mais de ansiedade?, onde o autor discorreu sobre o tema citando vários embates dos adolescentes contra o mal da ansiedade no decorrer dos últimos anos. O artigo questiona o motivo de estamos vendo um crescente aumento nos quadros de ansiedade entre os adolescentes.
Alguns jovens estão superestimando alguns perfeccionistas e reagindo com medo do fracasso, outros estão preocupados com o que seus colegas pensarão a seu respeito. É certo que alguns desses jovens passaram por momentos difíceis mas muitos deles têm famílias estáveis, apoio dos pais e recursos.
Mas isso não é o bastante, o aumento da ansiedade é reflexo de várias mudanças na sociedade, mudanças culturais que vimos ao longo das últimas décadas.
As 7 principais causas que produzem a ansiedade crescente nos adolescentes
1. Eletrônicos oferecem uma fuga não saudável
Os acesso constante aos dispositivos eletrônicos permitem que as crianças escapem de emoções desconfortáveis como tédio, solidão ou tristeza. Hoje percebemos o que acontece quando uma geração inteira passou cresceu evitando o desconforto. Ao imergir em jogos e eletrônicos, as crianças crescem sem desenvolver habilidades para lidar com os desafios do dia-a-dia.
2. A Cultura da felicidade
A felicidade é tão enfatizada em nossa cultura que alguns pais pensam que fazer os filhos felizes todo o tempo faz parte de seu trabalho. Por isso, quando uma criança está triste, seus pais a animam, quando está brava, a acalmam.
As crianças crescem, dessa maneira, acreditando que devem se sentir felizes o tempo todo e, quando não estão, algo está errado. Pelo contrário, não há nada de errado em ficar triste, frustrado, culpado, desapontado e com raiva às vezes. Isso é normal e saudável.
3. Pais elogiam de maneira errada
Quando os pais elogiam dizendo frases como: “você é o corredor mais rápido da equipe”, ou “você é o mais inteligente da sua série”, não cria auto-estima. Em vez disso, pressiona as crianças a viver com esses rótulos. Isso pode levar a um medo incapacitante do fracasso ou da rejeição.
4. As crianças não estação aprendendo habilidades emocionais
Nós acabamos enfatizando a preparação acadêmica e colocamos pouco esforço em ensinar as crianças habilidades emocionais que elas precisarão para alcançar o sucesso.
Saber como gerenciar seu tempo, combater o estresse e cuidar dos seus sentimentos são componentes-chave para viver uma boa vida. Sem habilidades de enfrentamento, os adolescentes sentem-se ansiosos com os aborrecimentos diários.
5. Os pais se comportam como protetores ao invés de guias
Em algum lugar ao longo do tempo, alguns pais começaram a acreditar que seu papel é ajudar as crianças a crescer com menos cicatrizes emocionais e físicas possíveis. Eles se tornaram tão superprotetores que seus filhos nunca praticaram lidar com desafios por conta própria. Conseqüentemente, essas crianças crescem acreditando que são muito frágeis para lidar com as realidades da vida.
6. Os adultos não ajudam as crianças a enfrentarem seus medos de maneira correta
De um lado há pais que empurram seus filhos demais. Eles forçam seus filhos a fazer coisas que os aterrorizam. Por outro, pais que não incentivam as crianças. Eles deixaram seus filhos optarem por qualquer coisa que pareça ansiosa ou mais fácil. Enfrentar é a melhor maneira de vencer o medo, mas somente quando é feito de forma incremental.
7. A hierarquia familiar está fora de ordem
Embora os filhos tenham a impressão de que eles gostariam de estar no comando, no fundo eles sabem que não são capazes de tomar boas decisões. Eles querem que seus pais sejam líderes – mesmo quando há conflito nas fileiras. E quando a hierarquia fica confusa – ou até mesmo virada de cabeça para baixo – a ansiedade dispara pela falta de segurança.
